Músicas

- Á Beira do Rio Dão

O rio Dão banha aos pés o Caçador, antes de se entregar nos braços do Mondego. Outrora, rio com muitos moínhos que trabalhavam sem cessar, esta dança conta a história de uma cena amorosa dum pescador que foi preso e “pescado” pelos lindos olhos de uma moleirinha de então ...
Dança de namorados, dançada de roda, olhos de olhos, é retrato fiel de amor e ternura em tempo de namoro.

- Limão Verde Limão

Dança saltitada, onde se retrata a vida das raparigas da época que se queriam manter a sua boa reputação até ao casamento. Neste caso é o limão que simboliza o amor e a vida correcta que devia levar.

- Candeeiro

Dança de Romaria, de Terreiro; é uma dança que recorda o tempo em que não havia luz eléctrica e como as raparigas tinham medo do “escuro”, onde às vezes se escondiam os rapazes mais atrevidos e que não eram por quem elas morriam de amores...

- Dobadoira

Dança dolente, passeada, onde se retrata os trabalhos do campo, neste caso do linho, e onde os gestos são os aconselhados pelas letras da música.

- Macieira do Adro

Dança de Romaria, de Terreiro. Dança melódica e alegre, cuja letra chama a atenção para o recato que a rapariga deve ter, enquanto solteira, sob pena de não arranjar noivo e ficar para “tia” para toda a vida.

- Pomba

Dança de Romaria, de Terreiro. Jogo dançado com marcação de roda, serena, calma e passeada, onde o amor, é aqui simbolizado por essa ave meiga e terna, também símbolo da Paz, que é a Pomba.

- Ó de Centro Centro

Dança de namorados, que mostra a alegria estravasada pelo coração dos rapazes por conseguirem levar o seu amor ao passeio, pois só depois de namoro ser oficializado pelos pais da rapariga e eis os rapazes, vaidosos e babados a levarem a sua amada ao passeio, assumindo um compromisso sério e com futuro.
Dança de roda, sem pressas, calma, dolente e passeada...

- Pavão

O amor está presente.
As cores exóticas do pavão servem como tema de comparação para realçar a beleza da amada. Dança típica de romaria beiraltina, é executada em roda saltitada, alegre e contagiante, tal como as cores das penas do pavão, espécie em liberdade na mata do Fontelo em Viseu, recordando que a gente beiraltina também sabe ser alegre à sua maneira.

- Ladrão do Negro Melro

Dança de roda saltitada, de terreiro, onde se retrata personificando o melro, o símbolo do amor. Ao amanhacer o seu assobio fazia o destertar de todos para voltarem à sua labuta e aos seus amores.

- Rusga das Malhas

Dança de roda saltitada, de terreiro, onde se retrata a vida do campo, o lavrador vai dizendo o que faz na sua labuta diária não aceitando ser desmentido.

- Alargai-vos Raparigas

Nas tardes de domingo, no adro da capela, nas tardes comunitárias, entre conversas e desconversas, risos, namoros.... eis que chega o homem da concertina, às vezes apenas da gaita de beiços....
Começa o bailarico, roda pequena que ia aumentando cada vez mais até ser grande típica da Beira Alta...
...”Alargai-vos Raparigas, que o terreno é estreito...”

- O Senhor da Roda

Dança de roda saltitada, onde o “senhor da Roda” significa ser um principiante a dançar e teria de ir para o meio da roda de modo a ver como os outros faziam e tentar aprender.

- A Rolinha

É tempo de namorar.
A inocente rolinha simboliza a rapariga que, ao fim de alguma “luta”, não resiste às “armadilhas” do amor.
Dançada em roda, de namorados tem movimentos gestuais amorosos, acompanhando a letra, em jeito de diálogos de namorados.

- As Calças do meu Adolfo

Dança de Romaria. Dança de arremedo ou xacota, que nasceu nos grandes salões de festas e os empregados espreitando pelo buraco da fechadura copiaram e trouxeram-na para os terreiros; nesta dança ainda se nota salpicos de cortesia. É dançada à volta das Fogueiras de S.João, é dança obrigatória em tempo de Entrudo.

- Moda do Tio João

Dança de terreiro, dançada ao som de uma gaita de beiços, antes tocada pelo Ti João Marques, com a sua gaita, fazendo uma verdadeira festa no meio da estrada onde não passavam carros.

- Senhora da Ribeira

A Senhora da Ribeira fica nos cantos três concelhos, Viseu, Mangualde e Penalva do Castelo e na ida à Romaria, enquanto o Jazz ia comer a casa dor mordomos, no terreiro dançava-se esta dança dolente e passeada.

- Não te encostes à Parreira

Dança passeada, aqui e ali saltitada, com movimentos aconsellhados pelo sentido da letra. Dança em que se retrata as tentativas consecutivas dos rapazes em se aproximarem da sua amada, por vezes até com alguma maldade, quando ao espreitar para debaixo da saia tentavam querer ver mais do que o joelho da donzela.

- Hei-de Pedir à Virgem

Dança passeada, onde se nota a devoção a Nossa Senhora e se faziam pedidos aos Santos, Anjos e Arcanjos, para que tudo corresse bem no dia do seu casamento.

- Fado Beirão

        Ex-libris das terras beiraltinas; deve ser mandada e pode ser contada ao desafio ou não, com quadras de improviso, cantada pelo António "Gago".



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